Reitores de universidades mineiras reúnem-se com grupo de trabalho da Câmara dos Deputados
Até abril de 2020, GT vai apresentar a situação do sistema universitário e proposta de soluções
Dirigentes de universidades públicas mineiras estiveram reunidos na UFMG na manhã do dia 16, no Campus Pampulha. Eles conheceram os objetivos do grupo de trabalho sobre educação superior (GT-EDSUP), instituído pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em março deste ano, e ofereceram sugestões preliminares ao colegiado.
O GT trabalha para levantar as principais dificuldades de gestão das universidades e aquelas relacionadas à permanência dos estudantes nos cursos e atividades de pesquisa e extensão, além de sugerir soluções que levem em conta critérios de eficiência, eficácia e economicidade. O prazo para apresentação do relatório final é de um ano.
Segundo o professor Roberto Salles, ex-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do grupo de trabalho, trata-se de comissão técnica destinada a ”assessorar o presidente da Câmara, que deseja conhecer em profundidade a situação do sistema universitário brasileiro”. Ele acrescentou que serão ouvidos todos os atores envolvidos, entre gestores, ex-ministros da Educação e dirigentes de entidades ligadas ao setor. Além de Salles, compõem o GT os ex-reitores Ana Lúcia Gazzolla (UFMG), Thompson Mariz (Universidade Federal de Campina Grande) e Eliane Superti (Universidade Federal da Paraíba), além de dois consultores legislativos.
Presença da UFVJM
A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) foi representada pelo professor Cláudio Rodrigues, vice-reitor, que apresentou as especificidades da universidade nos eixos Gestão Multicampi; Acesso, Permanência e Sucesso Escolar e Ensino, Pesquisa e Extensão. Os maiores problemas citados por professor Cláudio no primeiro eixo foram obras paralisadas e criação de campus sem garantia da estrutura administrativa para funcionamento, além da liberação tardia de recursos, decorrente do contingenciamento, que não permite abertura de processo licitatório em tempo hábil, pela inexistência do prévio empenho.
A fragilidade do Plano Nacional de Assistência Estudantil, além da dificuldade com o fornecimento de internet pela RNP e para a efetiva oferta de educação inclusiva e, ainda, com a sustentação dos cursos de licenciatura, ressaltando a preocupação com a educação do campo, de indígenas e quilombolas, foram os principais pontos apresentados por ele no eixo Acesso, Permanência e Sucesso Escolar.
"No eixo Ensino, Pesquisa e Extensão, apresentei nossa preocupação com os cursos de Medicina, uma vez que não temos hospital-escola e dependemos do pleno funcionamento dos hospitais e unidades básicas de saúde dos municípios", conta Cláudio Rodrigues.
Entre outras, as preocupações expostas pelos dirigentes das universidades mineiras durante a reunião estão relacionadas à reposição e valorização dos quadros docentes, técnicos e administrativos, conclusão de obras interrompidas nas universidades (e realização de obras previstas e não iniciadas), criação de regulamentos que ajudem a garantir o respeito à autonomia universitária, proteção de bens tombados sob responsabilidade das instituições e abertura de canais com a população. Saiba mais na matéria da UFMG.
Fonte: UFMG
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